A imagem, que transborda tensão e violência, pode ser lida a partir de uma perspectiva sociológica para que possamos ampliar nosso entendimento sobre o que, muitíssimas vezes, é denominado de forma equivocada como vitimização.
Quem é vítima de alguma violência é vítima porque sofreu algo que não quis. Exemplo: Quem anda pela rua e é roubado, teve seus bens extraídos contra a vontade; uma idosa que tropeça em uma parte alta da calçada não decidiu a pancada que a desequilibrou e levou ao chão.
No caso da imagem, aborda-se o jogo violento no qual mulheres são lançadas uma vez que, sofrendo algo que não quiseram, que foi contra a vontade delas, ainda assim encontram um argumento que as faça acreditar que de algum jeito elas "fizeram por merecer". A proposta aqui é ampliar a percepção das formas como somos agentes de violências em um mundo marcado pela atribuição de posições de inferioridade: inferiorizam-se mulheres, alguns estrangeiros, pessoas que não estão no mesmo padrão afetivo heteronormativo e a lista é grande.
Quando alguém afirmar que sofre com algo que você falou ou fez, antes de reagir dizendo q a pessoa está se vitimizando, pergunte: Por que o que fiz/disse te faz se sentir assim? Isso se chama humanização e é uma via de mão dupla.
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