Muitas vezes não se percebe a contradição entre práticas e teorias. Não
é fácil viver da maneira que se pensa ou se procura pensar. É
fundamental uma análise cuidadosa acerca das práticas cotidianas para se
evitar o popular "faça o que eu digo mas eu não faço o que falo".
Quando tratamos das violências contra as mulheres, o sexismo é uma constante. Sexismo é
a forma de violência contra mulheres (principalmente) caracterizada por
tratar as mulheres como "naturalmente" inferiores, quando, na verdade,
essa suposta inferioridade é construída e reproduzida social e
ideologicamente.
Exemplo: quando um homem está em um automóvel e
é fechado por outro o que se vê é a série de xingamentos (barbeiro!
cego! e outros de baixo calão). O xingamento é direcionado ao praticante
da "barbeiragem" e não para todos os homens.
Se temos uma
mulher responsável pela "barbeiragem" o que se escuta é: "tá vendo?! só
podia ser mulher", "mulher no volante, é isso que dá!" Ou seja, é o
gênero feminino inteiro que é adjetivado como péssimo motorista e não
aquela mulher específica.
Outro exemplo cotidiano: quando
homens se afirmam modernos, liberais, que não têm preconceitos contra
mulheres que assumem desejos e práticas sexuais mas, quando questionados
se namorariam/casariam com mulheres "liberais", desconversam ou,
inclusive negam tal possibilidade.
Pessoas que lerem essa
postagem podem pensar: " e quem vai querer ficar com uma pessoa rodada?"
E é exatamente nesse raciocínio que se encontra o sexismo.
Identificá-lo em si e entender como funciona são os primeiros passos. Os
seguintes, combatê-lo em si e no cotidiano.
Pense E AJA FORA DA CAIXA.
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